Nesta segunda-feira (20/05), o senador Eduardo Girão (Novo-CE) fez duras críticas ao ministro Luís Roberto Barroso, atual presidente do Supremo Tribunal Federal, por sua atuação junto a autoridades dos Estados Unidos enquanto presidia o Tribunal Superior Eleitoral. A declaração foi feita após virem à tona relatos de encontros entre Barroso e representantes do governo americano em Nova York, durante um evento empresarial.Segundo Girão, Barroso admitiu publicamente que se reuniu pelo menos três vezes com membros do Departamento de Estado dos EUA para pedir manifestações de apoio à democracia brasileira. Essas conversas ocorreram enquanto o ministro ocupava o cargo de presidente do TSE, às vésperas das eleições de 2022.
O senador argumenta que tais reuniões colocam em dúvida a imparcialidade da Justiça Eleitoral e levantam preocupações sobre possível interferência externa no processo democrático do país. Para Girão, é inaceitável que um representante do Judiciário brasileiro busque respaldo de outro país para tratar de assuntos internos.
Girão relembrou também o discurso feito por Barroso durante um congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes), em que o ministro afirmou: “Nós derrotamos o bolsonarismo”. Para o senador, essa frase é uma confissão de parcialidade e demonstra envolvimento político de uma autoridade que deveria agir com neutralidade. O parlamentar anunciou que vai protocolar requerimentos para convocar Barroso e outras pessoas envolvidas a prestarem esclarecimentos sobre os encontros com autoridades estrangeiras. Girão questiona se esse tipo de conduta não caracteriza crime de responsabilidade.
Além disso, Girão criticou o ministro Flávio Dino, também do STF, por suspender uma denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o atual ministro das Comunicações, Juscelino Filho. O senador vê nessa decisão mais um exemplo de favorecimento a aliados do governo federal por parte da Suprema Corte.
Girão citou ainda o caso da ativista Débora Rodrigues, condenada a 14 anos de prisão por envolvimento em atos do dia 8 de janeiro. Para ele, o rigor seletivo da Justiça mostra que há perseguição a conservadores, enquanto figuras ligadas à esquerda recebem tratamento brando ou são blindadas.
Diante desses fatos, Girão voltou a defender a criação de uma CPI para investigar o INSS e reforçou o pedido de anistia para os envolvidos nos atos de janeiro. Para o senador, o Brasil precisa reencontrar o caminho da pacificação, e isso só será possível com justiça equilibrada, sem perseguição política nem interferência externa.
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