O senador Rogério Marinho (PL-RN) fez duras críticas à condução econômica do governo federal nesta terça-feira (28/05), durante pronunciamento no plenário do Senado. Marinho acusou o Executivo de maquiar dados fiscais e apontou um déficit real de mais de R$ 70 bilhões, apesar do anúncio oficial de superávit.
Segundo o líder da oposição, o Orçamento apresentado pelo governo subestimou receitas em diversas áreas e passou uma falsa ideia de equilíbrio fiscal. “Anunciaram um superávit de R$ 15 bilhões, mas a realidade é bem diferente. O déficit supera os R$ 70 bilhões. Para esconder isso, o governo recorre a cortes, contingenciamentos e aumento de impostos”, denunciou Marinho.
O senador também destacou o aumento da carga tributária nos últimos anos. Em 2022, ela era de 20,6% do PIB e subiu para 21,4% em 2025. Para ele, esse avanço representa uma escolha política do governo, que prefere pressionar o contribuinte em vez de conter gastos. “O governo está sufocando a economia e punindo quem produz”, afirmou.
Marinho criticou ainda o crescimento da dívida pública, que já teria aumentado em 4,12% do PIB desde o início da atual gestão, o que representa quase R$ 500 bilhões em dois anos e meio. Ele classificou a situação como insustentável e disse que a irresponsabilidade fiscal do governo compromete o futuro do país.
Em relação à política de valorização do salário mínimo, o senador foi enfático ao dizer que o reajuste anunciado pelo governo não representa um ganho real para os trabalhadores. Além disso, segundo ele, a medida aumenta os gastos da Previdência e pressiona ainda mais as contas públicas.
O parlamentar também questionou as projeções de arrecadação utilizadas pelo governo no Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf). Marinho afirmou ter acionado o Tribunal de Contas da União (TCU) contra o uso de estimativas infladas pela equipe econômica. Para ele, o governo está tentando “equilibrar” o orçamento com números irreais.
Marinho ressaltou que a política econômica do governo atinge especialmente as camadas mais pobres, que sofrem com o aumento de preços e a perda do poder de compra. “É um governo que se diz voltado aos mais vulneráveis, mas são eles que estão pagando a conta do desequilíbrio fiscal”, declarou.
Encerrando seu pronunciamento, o senador alertou para os riscos de uma crise mais profunda se o governo não rever sua conduta. Para Marinho, é urgente retomar a responsabilidade fiscal e respeitar a verdade dos números, sob pena de desestruturar ainda mais a economia nacional.
Fonte: Agencia Senado
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